segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Percebendo o Tempo

A percepção do tempo é interessante. Meu filho de 5 anos acha que o amanhã está muito longe e que 5 minutos são suficientes pra ele assistir um DVD inteiro. Mas isso foi há 3 meses atrás. Hoje ele já pede “só 24 minutos” antes de ir escovar os dentes pra dormir. É apenas um chute. Poderia ser 4 ou 44 minutos. Mas como ele se sente bem contando até 100, 29 parece um número razoável pra falar ao pai.

Pelos idos dos aos 70, eu queria que o tempo passasse rápido pra chegar o dia seguinte ou muito devagar pra que o dia da prova, na semana seguinte, não chegasse nunca. Minha avó dizia que o tempo passava muito depressa, cada dia mais rápido.

Será que alguém algum dia teve razão? Claro que tudo não passa da nossa percepção. Do nosso dia a dia e de como encaramos a vida.

O tempo caminha de forma imutável e nós podemos acelerá-lo ou ralentá-lo à nossa vontade, desde que consigamos controlar nossas ansiedades.

Quando algo muito bom está pra acontecer, costumamos contar os dias, horas, minutos pra que chegue logo e isso só faz nos afastarmos no tempo. Quando algo que não queremos se aproxima, procuramos esquecer e “deixar o tempo rolar”. Parece que demora mais, mas chega.

Porque não inverter?

Um comentário:

  1. Alex;
    Vin parar aqui depois de ler seu post no fórum de fotografia.

    Tempo. Nós tratamos disso como se houvesse um tempo mesmo, um algo que chamamos de tempo, mas um algo definido.

    De certa maneira o que há são memórias. Não há nada além do instante presente.

    Agimos como se tempo houvesse pois isso dá sentido à nossa vida dentro do campo social e terminamos achando que há mesmo isso (afinal, os relógios não o medem?).

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