originalmente publicada em 29/11/2006
Poetas pelo mundo afora já cansaram de dizer que “O tempo não pára no porto, não apita na praia, não espera ninguém” (Carlinhos Vergueiro), o que é a mais pura verdade. Entretanto os “jovens de outrora” lá pelos idos dos anos 60, diziam que tinham que “curtir o momento”. Existe alguma afirmação mais certa do que outra? Claro que não. Ambas são corretas. O tempo passa por nós e nós passamos pelo tempo. Não adianta citarmos a física ou a matemática. Trata-se de uma questão únicamente perceptiva. Cabe a nós perceber como as coisas se dão. Tem dias em que corremos atrás do tempo e em outros ele passa por nós. Mas a situação pode ser desagradável. Se estivermos sentados na praia, podemos quase sentir a brisa do tempo passando por nós. Da mesma maneira, quando estamos fazendo uma prova difícil, sentimos seu vento gelado em nossa testa. A diferença é como queremos que o tempo esteja. A frase é péssima, mas vou melhorá-la dizendo o seguinte: queremos sempre o tempo a nosso favor. Gostaríamos que o relógio andasse mais devagar em ambas as situações, mas ele nunca se altera. Já a nossa percepção sim. Se conseguimos saber aproveita-lo, dobra-lo a nosso favor, podemos tê-lo como nosso mais poderoso aliado. Entretanto, se não lhe damos caso, se o deixamos de lado, se não nos preocupamos com ele, será quase certo que teremos o mais cruel dos inimigos, voltando-se contra tudo e contra todos, mas principalmente contra nós. Quer driblar o tempo? Aprenda com ele. Aprenda sua constância. Como diria algum general dos exércitos de Alexandre da Macedônia: “Aprendamos com nossos inimigos”. Hoje foi curtinha, mas isso é só a introdução de um assunto que vai se estender por muitos posts.
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