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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Resposta ao Luciano (2)
domingo, 29 de novembro de 2009
A Carta do Luciano Pires (2)
Numa de minhas leituras topei com um conceito muito interessante, que resume em poucas palavras o que deveria ser a técnica de administração de nossos negócios e vidas. O texto dizia que "deixamos de viver a era em que gerenciamos sequências, para viver a era de gerenciar
consequências."
Gerenciar consequências, não apenas sequências! Brilhante!
Desde o começo dos anos noventa, na esteira dos programas de qualidade originários dos EUA, mas que ganharam notoriedade no Japão, a maior parte do que foi produzido pelos teóricos da administração focou nas técnicas e habilidades para se conduzir com eficiência uma fábrica. Mas
não apenas uma fábrica como aquela do estereótipo: um forno e um torno transformando matéria-prima em produtos. A tal "fábrica" a que me refiro é aquela que define um processo: uma organização que produz um produto ou serviço, com resultados mensuráveis e foco na redução de custos. É possível conduzir um escritório de advocacia como se fosse uma fábrica. É possível dirigir uma farmácia como uma fábrica. Uma academia de ginástica. Uma escola. Um clube. Uma igreja. Qualquer empreendimento.
E o que se viu nos últimos dez ou quinze anos foi exatamente isso: a lenta transformação dos empreendimentos em fábricas. E os profissionais não passaram por essa incólumes: foram aos poucos tornando-se "gerenciadores de sequências". Como fazer aquilo que sempre fizemos de forma cada vez mais rápida, barata e eficiente?
Existem empreendimentos em que a "gerência das sequências" é fundamental. Uma fábrica de remédios, por exemplo. Mas mesmo essas empresas têm determinadas áreas onde o conceito de "fábrica" definido acima não se aplica. Normalmente aquelas áreas "humanas", baseadas em relacionamentos, em atividades criativas ou que exigem reação imediata e flexibilidade.
O problema é que a "flexibilidade" é inimiga da "sequência". Flexibilidade abre espaço para riscos, para novidades, para imprevistos, tudo aquilo que um gerente de sequências não quer.
Esse foi o mundo que construímos de 1990 para cá: o mundo das sequências.
Mas repentinamente a coisa começou a mudar. De saco cheio com as sequências, queremos o que ninguém fez, o inusitado. É quando surge um conflito gigantesco, olha só: eu contrato aquela menina de 20 anos para trabalhar na empresa. Mostro-lhe seu local de trabalho, passo as rotinas e digo:
- Olha aqui: esta é sua rotina. Siga exatamente cada passo do processo conforme escrito neste manual. Não saia do processo, entendeu? Se você sair o auditor da ISO te pega!
- S-s-sim s-senhor!
- Ah! E vê se aproveita pra inovar!
Não tem algo errado aí? Gerenciadores de sequências são escravos dos processos. Não estão ali para criar soluções, mas para garantir que as coisas aconteçam em conformidade com o processo que alguém desenhou. Como é que um gerenciador de sequências pode contribuir para além da rotina? Só quando começar a gerenciar consequências.
Mas ai é tema pra outro artigo.
Luciano Pires
http://www.lucianopires.com.br
domingo, 15 de novembro de 2009
A moça da UNIBAN
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Organizações Pedagógicas Modernas
domingo, 6 de setembro de 2009
eMail pra mãe...
sábado, 30 de maio de 2009
Resposta à carta do Luciano Pires (2)
Mas eu estenderia a discussão, apenas usando a Dilma como ponto de partida, para todas as mulheres que no mercado de trabalho querem passar a imagem de duronas, de poderosas, de infalíveis, etc, etc, etc (3 etc mesmo).
A meu ver isso aconteceu por caírem na esparrela da "libertação feminina" dos anos 60.
As mulheres não ficaram "livres" a partir de então. As mulheres vinham conquistando espaço como pessoas (que são) lentamente, em uma virada de atitude da sociedade a partir da segunda guerra. "Conquistaram" postos de trabalho típicamente masculinos no tal do esforço guerra. Daí pra frente o movimento só fez crescer, até queimarem sutiãs em praça pública (minha esposa diz que fizeram isso pra poder comprar modelos novos). Desde então elas sabiam e provaram que eram capazes de trabalharem e de chefiarem, mas aí, o que aconteceu?
Ao invés das mulheres liderarem usando sua feminilidade, não, optaram por chefiar usando o modelo masculino. Colocaram calças, terninhos e se comportavam como homens. Estou sendo machista, mas não por usarem calças, mas por se comportarem da maneira errada que a maioria dos homens se comporta.
Qual foi a atitude de Tancredo quando esteve doente? Preciso repetir? Acho que não.
Steve Jobs (da Apple) está licenciado porque está tratando um cancer. Está errado?
Tancredo foi "macho", Steve está sendo "feminino".
Tancredo errou. Steve está certo.
O que é mais importante agora, os compromissos ou a saúde?
As pessoas tem a necessidade de passar a imagem de que são fortes, de que nada as atinge. Falam dos erros sempre no passado. "Só há prícipes por aqui?" perguntaria Fernando Pessoa no Poema em Linha Reta.
Parece que todos são perfeitos e só eu sou o imperfeito? Todos são fantásticos em tudo o que fazem e só eu sou "razoável"? Sempre todos tiveram forças para superar os obstáculos mais difíceies e só eu quase desisti?
Lamento dizer mas agora são eles (ou vocês?) que estão errados.
No momento da doença é hora de parar e refletir.
Dilma quer ser candidata a presidente. Tudo bem. Ambição é como água benta (diria minha avó) "cada um toma quanto aguenta", mas posar de forte, de imbatível, de super... tem algo errado aí. Se até então ela até tinha minha simpatia, agora só posso lamentar que ela esteja se sujeitando ao seu total abandono. As pessoas não sabem mais o que é refletir. Acham que é o que acontece quando ficam em frente a um espelho, esquecendo que é bem parecido com meditar.
Dilma deveria refletir sobre sua atual situação e não dar ouvidos ao amigo barbudo que pouco pensa antes de falar e que duvido, reflita sobre seus atos da maneira como se deve.
O mundo está muito sem noção e as mulheres, que sempre moldaram o mundo com suas posições - fossem quais fossem - influenciando as novas gerações que tinham o privilégio de serem educadas por elas, agora abandonam tudo por um momento fugaz. Cinco anos de mandato acabam logo. A vida como foi vivida fica para sempre.
Forte abraço
Esse texto é em homenagem às grandes mulheres que inflenciaram muitas gerações e já não estão entre nós: Ophelia Puccio, Myrian Saba e Ana Violeta Durão. Minha bisavó e minhas avós, respectivamente.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Luciano Pires - O Compromisso
O COMPROMISSO
Quando eu era criança meu pai sempre me incomodava com um maroto dilema ético. Ele perguntava se eu preferia ser um herói morto ou um
covarde vivo. E eu, voluntarioso, respondia:
- Herói morto!
Lembrei dessa história quando vi a foto de Dilma Roussef segurando a peruca que o vento estava levando, lá na base aérea de Brasília.
Peruca? É. A candidata tem um câncer e está fazendo quimioterapia, que derruba os cabelos. Raspou a cabeça e agora anda de peruca. Uns
fingem que não vêem, outros vêem e ficam constrangidos e alguns fotografam. Uns publicam e não dizem nada. Outros publicam e dizem de forma
oblíqua. E há também os que publicam e dizem.
Se quem diz é do partido dela ou da base de apoio, tudo bem. Mas se quem diz é da oposição...
E eu não sei o que dizer. Estou perplexo.
A mulher está com câncer, pô! Cân-cer! Sabe o que é isso? Câncer é uma doença terrível. É uma neoplasia, o crescimento anormal e sem
controle das células.
Mesmo com todo avanço da medicina, o câncer ainda mata. E muito. E quem está em tratamento tem que ficar em resguardo, descansando. E se
está fazendo quimioterapia, então, é resguardo duplo. Triplo. A quimioterapia derruba as defesas naturais e qualquer resfriadinho pode virar
uma pneumonia mortal. Câncer mata.
A vida toda ouvi a palavra "câncer" com um misto de mistério e medo. Afinal, uma afirmação como "fulano está com câncer" nunca foi uma
constatação. Sempre foi uma condenação. O peso dessa palavra é imenso, só atenuado quando lembramos que em outros países lusófonos o nome é
"cancro". Mas deixando as questões semânticas pra lá, câncer ou cancro matam!
Então o que é que essa mulher está fazendo no evento, na inauguração, na reunião? Que força a leva a abandonar o resguardo? Será uma
grandeza de alma? Vocação para o sacrifício? Sede de poder? Talvez insistência dos colegas de partido e dos marqueteiros? Ou uma doentia
necessidade de cumprir compromissos? Quem sabe a perspectiva de vencer mais uma batalha? Vencendo, a guerreira fica ainda mais forte?
A ministra assumiu um compromisso com o partido, com o presidente e com o Brasil. Um compromisso importante, de trabalhar para garantir a
sucessão de Lula e a continuidade do projeto político do PT. É um compromisso sério, a ponto de levá-la a mudar de comportamento, modo de
vestir e até de rosto. Mas tem que haver um limite.
Então faço aqui um apelo. Presidente, por favor, manda a Dilma pra casa. Manda que ela fique lá, quietinha, nanando, tomando um chazinho e
vencendo a doença. Todo mundo vai entender e apoiar sua atitude. Presidente, se o senhor não mandar a ministra pra casa e a coisa se
complicar a culpa será sua! Sei que a ministra é durona, mas se ela teimar peça para alguém da família - a filha, quem sabe? - chamá-la e
repetir a frase inesquecível de Roberto Jefferson:
- Sai daí Dilma. Sai daí logo, antes que você faça réu um homem inocente, o presidente Lula!
E agora é pra Ministra: Dona Dilma, faça uma reflexão. Seu compromisso é importante, mas não justifica que sua saúde seja usada como mais um
componente da equação política. Nenhum compromisso é mais urgente que tratar aquilo que pode matar a senhora. Recolher-se neste momento não
é covardia. É um ato de amor próprio do qual a senhora sairá como covarde viva apenas para quem a está usando.
Para os outros, será uma heroína viva..
Primeiro a vida, ministra. Depois a política.
Luciano Pires
www.lucianopires.com.br
domingo, 24 de maio de 2009
Zé Rodrix (RIP)
Não conheci o Zé Rodrix, mas estive com ele algumas vezes. Nada me credencia pra falar sobre ele como pessoa. Também não sei falar sobre o artista, porque como falei pra ele, está tudo muito mais no subconsciente do que no próprio consciente.
Uma semana antes dele passar pro outro lado, trocamos emails. Não sabia que seriam os últimos e nossa expectativas era de que seriam como uma volta. E foram. Voltamos ao começo. Ele e eu, de maneiras completamente diferentes e nada como os planos que traçávamos.
Não vou filosofar nem enveredar por caminhos que o meu amigo Lázaro navega tão bem. Posso falar apenas daquilo que sinto no coração. Estive com o Zé e com um grande amigo dele (agora estão juntos) o Tico Terpins em uma ida minha a SP. Foi um encontro intenso e nada tenso. Eles eram figuras muito fortes. Isso me marcou. Gostava daquelas "bobagens" que ele cantava com cara de inconsequente, fazendo tipo no programa do Chacrinha. Entendia as entrelinhas, mas não conhecia o Zé.
Nunca sentei com ele numa mesa de bar pra falar sobre qualquer coisa, menos música e ocultismo, ou sentei na sala dele pra falar sobre os musicismos e música. Não conheci o Zé, mas sentei no estúdio dele (com o Tico) pra conversar sobre música e aprendi algumas coisas. Não conheci o Zé, mas as coisas que aprendi ali, foram usadas e transformadas, como todo bom aluno deve fazer, e utilizadas como base de coisas que me acompanham até hoje.
Não conheci o Zé, mas trocava emails regularmente com ele, a ponto dele ter uma pasta especial no meu servidor de email, como faço com os amigos que conheço. Falávamos sobre coisas que não faziam o menor sentido, ou não. Parecia papo de buteco, como falei no derradeiro email, que não sabia ser o último.
Não conhecia o Zé, mas conhecia parte de seu som, parte de sua música e parte do que ele me deixava ver. Mesmo juntando as partes e achando algo maior que o todo... eu não conhecia o Zé.
Fico feliz que ele tenha ido como foi. Não era como pensavam que ele iria. Saiu com calma, do meio da família, num dia comum como uma pessoa comum.
Com certeza eu não o conhecia, mas terei saudades desse putinildo.
Mais informações no site do Globo:
segunda-feira, 9 de março de 2009
Resposta à carta do Luciano Pires
Falou "arquiteto" (com ou sem aspas)... me chamou. :-)
Faz muito tempo que esse país matou os "arquitetos". Alguns anos atrás, comentei sobre o texto de um amigo "Morte aos Arquitetos", que eles precisavam descer dos seus pedestais e parar de tentar valorizar a profissão, porque havia apenas uma valorização do próprio ego. Tratávamos ali de arquitetos (sem aspas). Aqui no teu texto, a constatação de que há muitos anos eles (com aspas) já foram mortos.Há quantos anos atrás o BNH acabou? (novembro de 1986 pra quem não foi dessa época)
O que o governo Lula está propondo agora? (criar novamente o BNH).
"Porque acabou" já não cabe mais em discussão, mas o que aconteceu com o fim dele está claro. A população cresceu e as cidades incharam, sem política alguma de criar residências para os que necessitam. Residências implicam em saneamento básico, algo inexistente em muitas comunidades, como gostam de chamar as favelas.
No meio do esgoto e sem saúde, a população que só faz crescer, sequer é inserida no mercado de trabalho, ficando à margem e como tal, marginais, capazes de atos obtusos.
Pior do que uma manada, são várias delas e, uma dentro da outra. A manada X contra a manda Y. A manada externa contra a manada interna. Aonde iremos chegar é conversa pra antropologistas.
Mas será que as manadas tem líders? Se a manada está subdividida, posso crer que alguns dos pequenos grupos tenham líderes, mas quanto maior ele se torna, mais distante fica do líder original e este mais distante do todo e por mais que se auto-intitule como líder, sua liderança não só é contestada, mas realmente ignorada, no melhor sentido da palavra, aquele que subtrai o conhecimento.
O que é uma manda sem líder (se é que existe tal coisa no reino animal)?
Retornamos ao exemplo do Luciano: "raciocinar mal com dados falsos".
Nossa capacidade de raciocínio está cada vez mais prejudicada. E um exemplo são as Wiki. Eu conheço o Luciano Pires há algum tempo e de certa forma sei o que esperar dele, incluindo aí o inesperado, mas não conheço o John Doe. Devo acreditar em uma informação que ele forneça? Devo acreditar que ele é capaz de discernir sobre alguma coisa que eu mesmo não conheça? Enfim, posso confiar em John Doe?
Cada vez mais querem nos fazer crer que estar "publicado" na internet já é suficiente para que seja verdade.
Cada vez mais, alguns animais da nossa manada nos querem fazer crer que aquilo é inteligência.
Cada vez mais nos querem fazer crer que eles são mais inteligentes do que nós.
Mas como eles querem fazer isso se simplesmente não nos conhecem?
Porque assim é na manada. Olhar em volta e não se identificar com o que vê, reforça o sentimento de não sermos tão burros quanto a soma de todos nós.
Certa vez fui apresentado a um novo chefe. Depois do discurso habitual, permitiram que fizéssemos perguntas. Levantei meu braço e perguntei: "Quem é você para ser nosso chefe?" Tentei fazer com que a pergunta soasse o menos agressiva possível, mas jamais imaginaria que não fosse respondida. Ele não sabia responder. Porque a inversão da pergunta: "Porque devo contratar você?" soa tão agressiva? Os líderes não estão acostumados a serem questionados. Eles são alçados ao poder, perdão, alçados ao cargo para executar uma estratégia sem objetivos, como se houvesse um poder divino a guiar o líder máximo. E chegamos ao final da estrada de tijolos dourados e ao próprio Mágico de Oz. Não há líder divino e o superior responde ao superior que responde (muitas vezes) a um anão da câmara, a alguém do chamado baixo clero, a um corrupto, a um ladrão... esses são nossos líderes?
sexta-feira, 6 de março de 2009
A Carta do Luciano Pires (1)
[abre aspas]
"Othon Moacyr Garcia foi um filólogo, lingüista, ensaísta e crítico literário brasileiro. Em um de seus trabalhos escreveu que "ainda que cometamos um número infinito de erros, só há, na verdade, do ponto de vista lógico duas maneiras de errar: erramos raciocinando mal com dados corretos ou raciocinando bem com dados falsos.”Vivemos numa sociedade em que a maior fonte de informação é a mídia que apresenta os dados superficialmente, conforme seus interesses. Fiar-se numa fonte assim é um risco.
Por outro lado a capacidade intelectual da sociedade tem sido reduzida num processo de emburrecimento infinito. Vivemos cada vez mais numa manada, copiando as decisões que o bovino ao lado tomou.
Surge então uma terceira maneira na equação de Othon Garcia: raciocinar mal com dados falsos...
Dentro da manada fazemos perguntas erradas, recebemos respostas erradas, realizamos diagnósticos errados e tomamos as ações erradas. Some-se a isso um altíssimo grau de cagaço e pronto! Olhe em volta!Um amigo foi comprar um automóvel. Um Ford KA. Na concessionária, a informação: 45 dias para entrega. Não tem carro em estoque...
A Volkswagen, que no fim de 2008 cancelou o pagamento de horas-extras e concedeu férias coletivas escalonadas para seus 22 mil empregados, vai convocar sete mil funcionários para turno extra de trabalho no final de semana. Ela precisa adequar o volume de produção à demanda, que cresceu rapidamente. A situação nas demais montadoras não é diferente: ou você se adapta ao que tem na concessionária ou espera até sessenta dias.
Enquanto isso o segmento de carros importados ri à toa: saltou de 13,2% de participação de mercado em novembro para quase 20% em janeiro.
Se tudo andar mal com a indústria automotiva brasileira, voltaremos em 2009 aos patamares de 2007... Que foi simplesmente o segundo melhor ano da história dessa indústria no Brasil.
Que raio de crise é essa?
É a crise do pensamento estratégico, que morreu. Só restou o tático. Típico de manadas.
Deixe-me esclarecer com um exemplo simples: um arquiteto desenha um prédio maluco. É preciso que um engenheiro faça os cálculos estruturais para o prédio ficar em pé. E então os pedreiros erguem o edifício conforme os planos.
A visão (objetivo) do arquiteto é sustentada pela técnica (estratégia) do engenheiro que é tornada realidade pela execução (tática) dos pedreiros. Estratégia sem objetivo é desperdício. Execução sem estratégia é um desastre. O muro ficará torto e o prédio vai cair. E, se não cair, provavelmente terá custado infinitamente mais do que se seguisse uma estratégia.
A miséria intelectual, a asinidade estratégica e a vida em manada acabaram com os “arquitetos” na virada do milênio. E agora o cenário de crise está acabando com os “engenheiros”. Só restam “mestres de obra” e “pedreiros”. Atenção para as aspas, por favor.
Decisões? Só para curto prazo, para coisas que podem ser medidas e vistas. E dá-lhe simplismo. Tem que reduzir custo? Mande o povo embora. Corte os investimentos em comunicação. Transfira o poder para o departamento de compras, que vai escolher o mais baratinho. Deixe o dinheiro no banco que é mais seguro...Infelizmente ninguém jamais medirá o custo dessas decisões. Eles não cabem numa planilha. E se coubessem a manada não entenderia.
Pois alguém já disse que “nenhum de nós é tão burro quanto a soma de todos nós.”
Nunca na história deste país vi uma verdade mais absoluta.
Luciano Pires "
[fecha aspas]
Aguardem a "resposta".