Essa questão da "dureza" da Dilma é realmente um assunto que deveria ser melhor discutido.
Mas eu estenderia a discussão, apenas usando a Dilma como ponto de partida, para todas as mulheres que no mercado de trabalho querem passar a imagem de duronas, de poderosas, de infalíveis, etc, etc, etc (3 etc mesmo).
A meu ver isso aconteceu por caírem na esparrela da "libertação feminina" dos anos 60.
As mulheres não ficaram "livres" a partir de então. As mulheres vinham conquistando espaço como pessoas (que são) lentamente, em uma virada de atitude da sociedade a partir da segunda guerra. "Conquistaram" postos de trabalho típicamente masculinos no tal do esforço guerra. Daí pra frente o movimento só fez crescer, até queimarem sutiãs em praça pública (minha esposa diz que fizeram isso pra poder comprar modelos novos). Desde então elas sabiam e provaram que eram capazes de trabalharem e de chefiarem, mas aí, o que aconteceu?
Ao invés das mulheres liderarem usando sua feminilidade, não, optaram por chefiar usando o modelo masculino. Colocaram calças, terninhos e se comportavam como homens. Estou sendo machista, mas não por usarem calças, mas por se comportarem da maneira errada que a maioria dos homens se comporta.
Qual foi a atitude de Tancredo quando esteve doente? Preciso repetir? Acho que não.
Steve Jobs (da Apple) está licenciado porque está tratando um cancer. Está errado?
Tancredo foi "macho", Steve está sendo "feminino".
Tancredo errou. Steve está certo.
O que é mais importante agora, os compromissos ou a saúde?
As pessoas tem a necessidade de passar a imagem de que são fortes, de que nada as atinge. Falam dos erros sempre no passado. "Só há prícipes por aqui?" perguntaria Fernando Pessoa no Poema em Linha Reta.
Parece que todos são perfeitos e só eu sou o imperfeito? Todos são fantásticos em tudo o que fazem e só eu sou "razoável"? Sempre todos tiveram forças para superar os obstáculos mais difíceies e só eu quase desisti?
Lamento dizer mas agora são eles (ou vocês?) que estão errados.
No momento da doença é hora de parar e refletir.
Dilma quer ser candidata a presidente. Tudo bem. Ambição é como água benta (diria minha avó) "cada um toma quanto aguenta", mas posar de forte, de imbatível, de super... tem algo errado aí. Se até então ela até tinha minha simpatia, agora só posso lamentar que ela esteja se sujeitando ao seu total abandono. As pessoas não sabem mais o que é refletir. Acham que é o que acontece quando ficam em frente a um espelho, esquecendo que é bem parecido com meditar.
Dilma deveria refletir sobre sua atual situação e não dar ouvidos ao amigo barbudo que pouco pensa antes de falar e que duvido, reflita sobre seus atos da maneira como se deve.
O mundo está muito sem noção e as mulheres, que sempre moldaram o mundo com suas posições - fossem quais fossem - influenciando as novas gerações que tinham o privilégio de serem educadas por elas, agora abandonam tudo por um momento fugaz. Cinco anos de mandato acabam logo. A vida como foi vivida fica para sempre.
Forte abraço
Esse texto é em homenagem às grandes mulheres que inflenciaram muitas gerações e já não estão entre nós: Ophelia Puccio, Myrian Saba e Ana Violeta Durão. Minha bisavó e minhas avós, respectivamente.
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