domingo, 24 de maio de 2009

Zé Rodrix (RIP)

"O corpo do cantor Zé Rodrix foi cremado no início da tarde deste sábado (23) no Cemitério da Vila Alpina, na Zona Leste de São Paulo. O compositor de "Casa no campo" (sucesso de Elis Regina) morreu na noite desta quinta-feira (21), na capital paulista, devido a um infarto agudo no miocárdio."

Não conheci o Zé Rodrix, mas estive com ele algumas vezes. Nada me credencia pra falar sobre ele como pessoa. Também não sei falar sobre o artista, porque como falei pra ele, está tudo muito mais no subconsciente do que no próprio consciente.

Uma semana antes dele passar pro outro lado, trocamos emails. Não sabia que seriam os últimos e nossa expectativas era de que seriam como uma volta. E foram. Voltamos ao começo. Ele e eu, de maneiras completamente diferentes e nada como os planos que traçávamos.

Não vou filosofar nem enveredar por caminhos que o meu amigo Lázaro navega tão bem. Posso falar apenas daquilo que sinto no coração. Estive com o Zé e com um grande amigo dele (agora estão juntos) o Tico Terpins em uma ida minha a SP. Foi um encontro intenso e nada tenso. Eles eram figuras muito fortes. Isso me marcou. Gostava daquelas "bobagens" que ele cantava com cara de inconsequente, fazendo tipo no programa do Chacrinha. Entendia as entrelinhas, mas não conhecia o Zé.

Nunca sentei com ele numa mesa de bar pra falar sobre qualquer coisa, menos música e ocultismo, ou sentei na sala dele pra falar sobre os musicismos e música. Não conheci o Zé, mas sentei no estúdio dele (com o Tico) pra conversar sobre música e aprendi algumas coisas. Não conheci o Zé, mas as coisas que aprendi ali, foram usadas e transformadas, como todo bom aluno deve fazer, e utilizadas como base de coisas que me acompanham até hoje.

Não conheci o Zé, mas trocava emails regularmente com ele, a ponto dele ter uma pasta especial no meu servidor de email, como faço com os amigos que conheço. Falávamos sobre coisas que não faziam o menor sentido, ou não. Parecia papo de buteco, como falei no derradeiro email, que não sabia ser o último.

Não conhecia o Zé, mas conhecia parte de seu som, parte de sua música e parte do que ele me deixava ver. Mesmo juntando as partes e achando algo maior que o todo... eu não conhecia o Zé.

Fico feliz que ele tenha ido como foi. Não era como pensavam que ele iria. Saiu com calma, do meio da família, num dia comum como uma pessoa comum.
No final, será que alguém conhecia o Zé?

Com certeza eu não o conhecia, mas terei saudades desse putinildo.


Mais informações no site do Globo:

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