Precisamos fazer coisas, então façamos, mas não devemos ficar perturbados por elas. O que você faz é apenas um ato, uma performance. Uma vez entendido isso, você pode estar em qualquer lugar, em qualquer tipo de trabalho, e permanecer sereno; você pode se manter absolutamente não contaminado.
O problema é que, através dos tempos, nos ensinaram a fazer o bem, a não fazer o mal, a fazer isso, a não fazer aquilo. Deram-nos mandamentos, sins e nãos. Não lhe dou mandamentos, não estou preocupado com o que você faz – toda a minha preocupação é com o seu ser.
Se você estiver silencioso, repleto de bem-estar e centrado, faça o que for preciso fazer, e não haverá problema. Se você não estiver centrado, sereno e integrado por dentro, se não estiver em um estado meditativo, então até fazer o bem não ajudará. É por isso que muitas pessoas que insistem em fazer o bem nada mais são do que "boazinhas". Elas fazem mal, e o resultado final é danoso.
A ênfase precisa estar não no fazer, mas no ser, e ser é um fenômeno totalmente diferente. Não importa se você é um advogado, um médico, um engenheiro, uma dona de casa, uma prostituta ou um político; não importa o que você faz. Tudo o que importa é: você está centrado em seu ser? E isso mudará muitas coisas. Seu trabalho pouco a pouco passará por uma revolução. Você nem saberá dizer quando ele mudou. A qualidade será diferente. Mas isso não significa algo a ser feito por você em especial ; tudo acontecerá por conta própria.
Osho, " Don´t Bite my Finger, Look Where I´m Pointing", # 14
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