sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A Verdadeira Ausência de Desejos

Muito tem me incomodado nesse final de ano as pessoas falando sobre os desejos. Desejo de melhora, desejo de prosperidade, desejo de saúde, desejo de realização dos desejos. Por algum motivo essa palavra vem me incomodando cada vez mais, como se o desejo fosse mais um bem de consumo fundamental à existência. Como se o desejo bastasse para resolver os problemas do mundo, como se mais desejo fosse sanar a doença da humanidade. Como se mais desejo fosse preencher o vazio da falta de amor.

Enquanto arrumava as malas para a viagem para Vrajabhumi, onde vou cruzar o ano, encontrei ali no site deles um texto bem interessante. Deixo vocês com ele e com o novo ano que se inicia, não que isso faça alguma diferença, porque nada muda se não mudarmos a nós mesmos interiormente.
Mitakuye Oyasin
(por todas as nossas relações)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sem limites, sem fronteiras

Lancei semana passada a pergunta: “Por que os mestres chamam a Iluminação ou o despertar de um ´estado de consciência plena´?”

Quando alguém vive (todos vivem assim, quase todos) a partir da IDENTIFICAÇÃO com o “fluxo incessante de pensamentos” (que é o que significa “mente”), estará limitado ao que a natureza da mente impõe: a mente julga, compara, viaja do passado para o futuro e nunca aterrisa no agora, duvida, alimenta sentimentos de superioridade…. A mente é um instrumento de medição e é recomendável que você não espere que ela faça outra coisa.

Que linda ferramenta para nossas habilidades, digamos, científicas: testar, comparar, projetar, dissecar, separar o que é X do que é Y! Que bom quando podemos fazer bom uso destas qualidades, sendo “senhores da mente” e não servos dela!

Você se torna um servo da mente quando se identifica com o fluxo permanente de julgamentos e comparações e crê em “eu sou o que penso”. Você cai numa “realidade relativa” que não é nada benéfica ao seu bem-estar, à busca da paz e da tranquilidade. Por que?

Porque tal identificação leva a um sentimento de SEPARAÇÃO para com os outros, para com a natureza, para com o cosmo, para com Deus…Você cria fronteiras, barreiras, bloqueios! Identificado com o que você considera “minhas idéias, meus conceitos, meu ponto de vista”, você inevitavelmente entra num espaço de luta pela sobrevivência destas idéias porque elas se tornam “minha identidade”.  O “outro” passa a ser uma ameaça a sua identidade e você então entra num estado de conflito (observe seus diálogos internos conflitantes), não conseguindo se alinhar com um estado de unidade.

Dou a este campo de identificação o nome “realidade relativa”, porque construída desde sua percepção particular, influenciada por sua história pessoal de vida, sua cultura, seus condicionamentos, seus quereres, suas dores, seus medoos, suas certezas…
 
A “consciência plena”, por sua vez, refere-se a uma consciência ilimitada, sem as fronteiras dos condicionamentos pessoais. Este campo é o da percepção da realidade como ela é, sem interferências da mente, sem os conflitos da permanente dualidade (aceito e não aceito, quero e não quero, gosto e não gosto, raiva e amor…). Para acessar este campo, há de cair o véu das criações mentais, geradas no fluxo de medições da mente. Só assim você viverá uma “consciência incondicional” (não sujeita às condições estabelecidas pela mente).
 
A prática da meditação e a Graça Divina haverão de tirar o véu de ilusões que encobre as consciências e nos levar, todos nós, ao reino do estado búdico de pura consciência para que haja paz e amor para todos!
Hari Om Tat Sat

* Observo que quase todos preferem me enviar comentários e reflexões por e-mail, ao invés de postarem aqui no blog. Uma pena, porque tenho recebido reflexões de gente que está em linda caminhada… Mas assim é, e para mim é uma alegria receber seus comentários e carinho. Sou grato a todos e a todas!
http://bemzen.uol.com.br/blog/2011/10/26/sem-limites-sem-fronteiras/

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Atuar

 

Ser ator é a mais espiritual de todas as profissões, porque todo ator precisa viver um paradoxo: precisa identificar-se com o papel que está desempenhando, mas ainda assim deve permanecer um observador.

Atuando como Hamlet, você precisa estar completamente envolvido com a idéia de ser Hamlet, esquecer de si mesmo completamente durante sua atuação e, ainda assim, no mais profundo de seu ser,
permanecer um espectador, um obseravdor. Se ficar completamente identificado com Hamlet, então terá problemas.

O verdadeiro ator precisa
viver este paradoxo: atuar como se fosse de fato aquele personagem e, apesar disso, lá no fundo, saber que ele não é aquilo quer representa. É por isso que digo que atuar é a mais espiritual das profissões.
Osho, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"
Imagem por Couche Tard

domingo, 25 de dezembro de 2011

Quando o amor é divino

À medida que você se eleva em seu amor, a vida se torna cada vez mais significativa; mais canções começam a ser tocadas em seu coração, mais êxtases nascem.

E, no sentido máximo do amor, quando ele é divino, você é
apenas uma flor de lótus liberando sua fragrância, seu êxtase. Então não há mais morte, nem tempo, nem mente - você é parte da eternidade.

Não há mais medo, claro - se não há mais morte, como poderia haver medo? Não há ansiedade, pois, se não existe a mente, como pode haver ansiedade? Há
grande confiança, contentamento, realização.

Osho, em "Meditações Para o Dia"
Imagem por jenniferphoon

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Consciência Plena?

Pense nisso:

Por que os mestres chamam a Iluminação ou o despertar de um “estado de consciência plena”?

Vamos falar mais sobre isso…compartilhe por favor, escrevendo aqui mesmo, sua compreensão sobre “consciência plena”.
Bhaskar

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mal

 

A oração do Senhor diz: "Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal". Não há mal, e portanto não é necessário ser livrado de nada. Há apenas uma coisa, que é um estado de não-consciência, não-conhecimento, não-percepção. Não chamarei a isso de "mal" – é uma situação, um desafio, uma aventura, mas não é o mal.

A existência não é o mal, é uma oportunidade para crescer. É claro que as oportunidades para crescer só existirão se você sofrer milhares de tentações, se for impulsionado por aspirações desconhecidas, se houver um enorme desejo de explorar dentro de você.

A única coisa que pode impedi-lo é a não-consciência, a não-percepção. Isso também é um grande desfio – vencer sua não-consciência, sua não-percepção.
 
Torne-se mais consciente, torne-se mais perceptivo, mais vivo. Deixe toda a sua energia fluir. Não se reprima. Respeite a sua natureza, ame a si mesmo e não se preocupe com coisas desnecessárias. Livre das preocupações, mova-se em direção ao centro da vida, explore-o.

Sim, você irá cometer muitos erros, mas e daí? Aprende-se através dos erros. Sim, você irá se enganar várias vezes, mas e daí? É apenas através da vivência dos erros que uma pessoa encontra a porta certa.

Antes de bater na porta certa, é preciso bater em milhares de portas erradas . Isso faz parte do jogo.

Osho, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"
Imagem por NikAt

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Diálogos para a informação de qualidade

A OEA reuniu um grupo de funcionários públicos relacionados às políticas sociais de países da América Central para debater com jornalistas, acadêmicos, e organizações da cooperação internacional sobre como a infância e a adolescência são tratadas pela imprensa.

O encontro acaba de ser realizado na Guatemala. O exercício conjunto entre fontes governamentais de informação e jornalistas não é coisa de toda hora e obviamente enriquece a cobertura: a qualidade da notícia é uma co-responsabilidade dos meios de comunicação e das fontes.

Há muitas razões para desejar avanços na performance jornalística. Aí estão uns poucos exemplos (considerando estudos sobre a imprensa de 11 países da AL):

- a Educação é tema com muito espaço nos meios, mas raramente são ouvidos os professores e os alunos, o que torna a cobertura algo disperso entre questões de infraestrutura, o serviço de volta às aulas e greves. A qualidade de ensino, desafio maior do continente, é pouco debatida;

- a Violência (vitimando jovens ou protagonizada por eles) não é observada pela imprensa como fenômeno social, limitando-se a um desfile descabido de casos isolados e com forte tendência à criminalização da juventude;

- a Desnutrição, que vitimiza milhões de crianças no continente, não consegue ganhar uma abordagem jornalística capaz de mobilizar as sociedades para o combate a esta verdadeira vergonha das políticas públicas de vários países.

O encontro foi promovido pelo Instituto Interamericano del Niño, Niña y Adolescentes (OEA), com a Agência Canadanense para o Desenvolvimento, Universidade Mariano Galvez e Secretaria de Bem Estar Social da Guatamela. As agências de notícias Pandi (Colômbia) e La Nana/Civitas (Guatemala), ambas da Rede Andi, participaram desta rodada de diálogos que já passou pela Colômbia e terá uma terceira edição na Jamaica. Participei como painelista em nome da Andi, ong da qual somos – o chargista Claudius e eu – conselheiros.

* O povo da Guatemala, que semana passada enfrentou chuvas e enchentes, segue buscando a realização de seus sonhos. O país possui riquezas naturais e uma terra onde se plantando tudo dá, mas tem um dos piores conjuntos de indicadores sociais do continente. 45% das pessoas em idade escolar não frequentam a escola. O sistema de saúde pública está literalmente falido. Há muita pobreza e fome. É um país predominantemente jovem, cuja população de 14 milhões de habitantes é 60% indígena. O povo Maia é maioria. O que diz e o que não diz o Calendário Maia para 2012 é outro papo, mas nos próximos dias os candidatos ao segundo turno das eleições presidenciais protagonizam algo bem parecido com o fim do mundo: o eleitor pode escolher a cruz ou a espada.
Bhaskar
Ilustração Claudius

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ego

Todos nós nascemos sem um ego. Quando uma criança nasce, ela é apenas consciência: flutuando, fluindo, lúcida, inocente, virgem, sem ego. Aos poucos, o ego é criado pelos outros. O ego é o efeito acumulado das opiniões dos outros sobre você.

Um vizinho chega e diz "Que criança bonita!", e olha para a criança com um olhar de apreciação. Então o ego começa a funcionar. Alguém sorri, uma outra pessoa não sorri. Algumas vezes a mãe é muito carinhosa, outras vezes está muito zangada.

E a criança vai aprendendo que não é aceita como ela é. Seu ser não é aceito de forma incondicional: há condições a serem satisfeitas. Se ela grita e chora e há visitas na casa, sua mãe se zanga. Se ela grita e chora, mas não há visitas na casa, sua mãe não se importa.

Se ela não grita, nem chora, sua mãe a recompensa sempre com beijos amorosos e com carinho. Quando há visitas, se a criança sabe ficar quieta, em silêncio, sua mãe fica muito feliz e a recompensa. A criança vai aprendendo as opiniões dos outros sobre si mesma olhando no espelho dos relacionamentos.

Você não pode ver a sua face diretamente. Você tem que olhar em um espelho, e no espelho você pode reconhecer sua face. Esse reflexo se torna sua ideia de sua face, e há milhares de espelhos a seu redor, todos eles refletindo algo. Alguém o ama, alguém o odeia, alguém é indiferente.

E então, aos poucos, a criança cresce e continua acumulando as opiniões de outras pessoas. A essência total dessas opiniões dos outros constitui o ego. A pessoa começa a olhar para si mesma da forma como os outros a veem. Começa a se olhar de fora: isso é o ego.

Se as pessoas gostam dela e a aplaudem, ela pensa ser bela, estar sendo aceita. Se as pessoas não a aplaudem e não gostam dela, rejeitando-a, ela se sente condenada. Ela está continuamente procurando formas e meios para ser apreciada, para ser repetidamente assegurada de que possui valor, que possui um mérito, um sentido e um significado.

Então a pessoa passa a ter medo de ser ela mesma. É preciso encaixar-se na opinião dos outros.

Se você deixar de lado o ego, subitamente se tornará novamente uma criança. Você não estará mais preocupado com o que os outros pensam sobre você, não prestará mais atenção àquilo que os outros dizem de você.

Nesse momento, terá deixado cair o espelho. Ele não tem mais sentido: a face é sua, então por que perguntar ao espelho?

Osho, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"
Imagem por Sharon Drummond

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Poder pessoal

O poder que exercemos sobre os outros pode ser inebriante, mas o seu efeito é temporário. Jesus teve na vida a experiência sempre satisfatória de alcançar o poder com os outros. Para ele, não existia poder isolado. Este fato era frustrante para os seus seguidores, porque muitos esperavam que Jesus se estabelecesse como um líder político e os indicasse para cargos influentes no seu novo reino. Jesus sabia que a pessoa verdadeiramente poderosa está mais interessada nas pessoas do que na política. Para ele, o verdadeiro teste do poder pessoal não reside em controlar os outros, mas em dar-lhes poder.

Apesar de ter sido um dos maiores líderes espirituais da história, Jesus passou muito pouco tempo em lugares religiosos, pois quase sempre ficava onde as pessoas viviam. Ele estava interessado nas pessoas e exerceu grande influência na vida daqueles que conheceu.

Jesus sabia que a empatia era o segredo do verdadeiro poder pessoal. Empatia é uma atitude de interesse e acolhida. É ela que possibilita o verdadeiro entendimento. Quando existe uma verdadeira empatia, o resultado pode ser transformador.
(...)
Alguns pensam no poder pessoal como uma força que emana de alguém e possibilita que essa pessoa alcance a sua excelência individual. Para Jesus, o poder pessoal era uma ligação amorosa com os outros que resultava em algo muito maior do que a excelência individual. O poder pessoal é uma união espiritual entre seres humanos que faz com que cada pessoa seja mais do que ela poderia ser isoladamente. O poder pessoal não nasce dentro das pessoas; ele é uma força criada entre elas.

Jesus sabia que César estava interessado em um tipo de poder que desapareceria quando ele morresse, e é por isso que disse: "Dai a César o que é de César." Jesus estava interessado no poder que transcende a morte. Para ele, o poder pessoal era o poder alcançado com outras pessoas e não sobre os outros. Ele achava que era um erro tentar obter poder individualmente. O tipo de poder que ele queria para nós só podia ser sentido se fosse partilhado.

Mark W. Baker
"Jesus O maior psicólogo que já existiu"

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A definição destrói

“Posso entender a avareza, a luxúria, mas não posso entender os valores da definição e do confinamento. A definição destrói”.

A frase é de uma das vozes mais inquietas da música de todos os tempos, Bob Dylan.

Ele se referia, obviamente, às tentativas de classificarem, definirem, confinarem a adjetivos sua própria música e sua presença no cenário pop-rock. Mas é visão que serve a outros insights.

Coloque atenção nestes dois pontos, medite sobre eles:

I – quais são as adjetivações, definições, que fazem de você? Como lhe definem – alegre, simpático(a), organizado(a), inteligente, nervoso(a), espiritualista, mental, emotivo(a), frágil, forte? O que você faz com todas estas etiquetas que colam em você – aceita algumas e briga com outras? Trata de mostrar que não é bem assim? Trata de cumprir com as expectativas que então se formam sobre você?

II - quais são as definições que você constrói sobre seus familiares, amigos, amores e colegas de trabalho? Lá vem “o chato”? Lá vem “a metida”? Ele é tão “paciente”! Ela é tão “generosa”!

Perceba se Bob Dylan está certo: afinal, a definição destrói? Destrói o que?

Compartilhe neste espaço: lembre-se, cada vez que você compartilha sua experiência está colocando um tijolo no templo vivo que a cada dia construímos como comunidade de crescimento.

* Que todos tenham dias de paz e liberdade!
Bhaskar

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Lágrimas


As pessoas perderam quase que completamente a dimensão das lágrimas. Elas só as deixam sair quando estão em profundo estado de dor ou sofrimento. Esqueceram-se de que as lágrimas também podem ser de felicidade, de enorme prazer, de celebração.

As lágrimas não têm nada a ver com o sofrimento ou a felicidade. Elas têm a ver com qualquer coisa que seja muito profunda e precise transbordar. Pode ser felicidade, pode ser tristeza.

Qualquer coisa que seja intensa demais, impossível de conter, algo que transborde: a xícara ficou cheia demais. As lágrimas saem desse excesso. Então, dê a elas o seu devido valor.


Osho, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"
Imagem por Onilad

sábado, 3 de dezembro de 2011

Pensamentos

"As coisas acontecem automaticamente".
"Quando há escolha não há liberdade"
Esses são ensinamentos de Bhagavan. Quando os ouvi a primeira vez, achei-os "estranhos". Não podia admitir, pois pareciam coisas da cultura árabe, o fatalismo árabe, o maktub. Esse fatalismo sempre me incomodou porque achava que fazia falta a minha liberdade de escolha. Se "está escrito", que diferença fará eu fazer isso ou aquilo?

A diferença talvez esteja em como vamos passando pela vida. Podemos escolher entre viver em harmonia ou numa constante batalha. O próprio Bhagavan ensina que “A vida é o que fazemos dela: uma escola, um campo de batalha ou um parque de diversões”. Não é uma escolha, é FAZER, AGIR. Nossas ações nos conduzem pela vida. Nossa maneira de pensar nos conduz. Mas há excesso de pensamentos. A mente está atuando sempre. Ela aprendeu que poderia estar no controle se agisse assim e nós fomos educados para achar que com a mente no controle, a vida flui melhor. Quanto engano. Quanto menos ouvimos a mente, quanto mais a silenciamos, mais temos oportunidade de estar presentes na vida. Há muita coisa ao nosso redor, mas a mente quer concentração, contemplação. Ela não permite a meditação. É necessário que nós silenciemos a mente. É necessário que nós deixemos o nosso ser vir à tona. Não é fácil. É uma questão de hábito. Desde pequenos somos treinados ao condicionamento. Esse condicionamento nos impede de sermos. Nos permite viver socialmente, seguindo as regras, mas o ser fica ali quietinho, aguardando a hora em que ele poderá simplesmente... ser.

Descobri que quando sento pra compor e simplesmente deixo as harmonias, melodias, aflorarem, conecto com o ser e então percebo que há algo muito maior à minha volta. Preciso de alguns instantes para isso, pois muitas vezes ouço o chamado da Presença Interior e não posso atende-lo imediatamente. Daí veio um novo aprendizado, entrar em meditação em qualquer lugar. Aproveitar cada momento silenciando a mente e fazendo contato. Seja na praça, no clube, na rua, qualquer lugar. É um aprendizado rico. Como sentar na beira do rio e perceber que ele nunca é o mesmo. Não pode ser. Ele passa constantemente na nossa frente e a cada momento é completamente novo.