"A consciência constante de que não deveríamos nos apegar
a nada torna a vida bem-aventurada. Podemos desfrutar imensamente tudo o
que está disponível, e é sempre mais do que podemos
desfrutar, e está sempre disponível! Mas a mente é
demasiadamente apegada às coisas - tornamo-nos cegos à celebração
que está sempre disponível.
Há uma história de um mestre Zen. Uma noite um ladrão
entrou em sua cabana, mas não havia nada para roubar. O mestre ficou
muito preocupado com o que o ladrão iria pensar. Ele tinha vindo
da cidade, distante cerca de seis a sete quilômetros, e a noite estava
muito escura... O mestre tinha somente um cobertor, que ele estava usando
- aquela era a sua roupa, a sua coberta, tudo. Ele colocou o cobertor em
um canto, mas o ladrão não enxergou no escuro; assim, o mestre
precisou dizer-lhe que pegasse o cobertor, implorou que ele o recebesse
como presente, insistindo em que ele não deveria voltar com as mãos
vazias. O ladrão ficou muito perplexo e se sentiu tão constrangido
que simplesmente escapou com o cobertor. O mestre escreveu um poema dizendo
que, se fosse capaz, teria dado ao homem a lua. E sob a lua naquela noite,
nu, ele desfrutou o luar mais do que nunca.
A vida está sempre disponível, e mais do que você pode
desfrutar; você sempre tem mais do que pode dar. A própria ideia de se apegar a alguma coisa o torna pobre, miserável."
- Osho
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