quarta-feira, 2 de março de 2016

Um certo mestre Zen desapegado

"A consciência constante de que não deveríamos nos apegar a nada torna a vida bem-aventurada. Podemos desfrutar imensamente tudo o que está disponível, e é sempre mais do que podemos desfrutar, e está sempre disponível! Mas a mente é demasiadamente apegada às coisas - tornamo-nos cegos à celebração que está sempre disponível.

        Há uma história de um mestre Zen. Uma noite um ladrão entrou em sua cabana, mas não havia nada para roubar. O mestre ficou muito preocupado com o que o ladrão iria pensar. Ele tinha vindo da cidade, distante cerca de seis a sete quilômetros, e a noite estava muito escura... O mestre tinha somente um cobertor, que ele estava usando - aquela era a sua roupa, a sua coberta, tudo. Ele colocou o cobertor em um canto, mas o ladrão não enxergou no escuro; assim, o mestre precisou dizer-lhe que pegasse o cobertor, implorou que ele o recebesse como presente, insistindo em que ele não deveria voltar com as mãos vazias. O ladrão ficou muito perplexo e se sentiu tão constrangido que simplesmente escapou com o cobertor. O mestre escreveu um poema dizendo que, se fosse capaz, teria dado ao homem a lua. E sob a lua naquela noite, nu, ele desfrutou o luar mais do que nunca.


        A vida está sempre disponível, e mais do que você pode desfrutar; você sempre tem mais do que pode dar. A própria ideia de se apegar a alguma coisa o torna pobre, miserável."


- Osho

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