O corpo de dor é uma forma de energia semiautónoma que vive dentro da maior parte dos seres humanos, uma entidade constituída por emoções. O corpo de dor tem a sua própria inteligência primitiva, como um animal matreiro, e a sua inteligência está sobretudo direcionada para a sobrevivência. Como todas as formas de vida, necessita periodicamente de se alimentar - de consumir nova energia - e o alimento de que ele necessita para se reabastecer consiste numa energia compatível com a sua própria energia, isto é, uma energia que vibra numa freqüência semelhante. Qualquer experiência emocionalmente dolorosa pode ser utilizada como alimento pelo corpo de dor. por isso, o corpo de dor cresce, alimentando-se de pensamentos negativos, assim como dos dramas que se prendem com os relacionamentos. O corpo de dor consiste numa dependência da infelicidade.
Pode ser um choque aperceber-se pela primeira vez de que existe algo dentro de si que procura periodicamente a negatividade emocional, que busca a infelicidade. É preciso termos mais consciência para reconhecermos em nós mesmos do que nos outros. Assim que a infelicidade nos domina, nós não queremos que ela acabe, como também queremos que os outros se sintam tão infelizes como nós, para nos alimentarmos das suas reações emocionais negativas.
Na maior parte das pessoas, o corpo de dor pode encontrar-se num estado latente ou ativo. Quando está latente, é fácil esquecermo-nos de que carregamos dentro de nós uma pesada nuvem escura ou um vulcão adormecido, dependendo do campo energético do nosso corpo de dor específico. O tempo durante o qual permanece latente varia de pessoa para pessoa: o mais comum é durar apenas algumas semanas, mas pode ser apenas alguns dias ou até vários meses. Em alguns casos raros, o corpo de dor pode permanecer num estado de hibernação durante anos até ser desencadeado por algum acontecimento.
(...) Se vivermos sozinhos ou estivermos a maior parte do tempo sozinhos, o corpo de dor alimenta-se dos nossos pensamentos. De repente, os nossos pensamentos tornam-se profundamente negativos. É provável que não tenhamos consciência de que, mesmo antes de se verificar o afluxo de pensamentos negativos, existe uma onda de emoção que invade a nossa mente - na forma de um humor sombrio e pesado, de ansiedade ou de uma ira inflamada. Todos os pensamentos são energia e o corpo de dor alimenta-se da energia dos nossos pensamentos. Mas não de quaisquer pensamentos. Não é necessário termos uma sensibilidade particularmente apurada para percebermos que um pensamento positivo apresenta uma vibração totalmente diferente da vibração de um pensamento negativo. É a mesma energia mas vibra numa freqüência diferente. Um pensamento positivo e feliz não é digerível pelo corpo de dor. Ele só se pode alimentar de pensamentos negativos, pois só estes são compatíveis com o seu próprio campo energético.
(...) A emoção do corpo de dor assume rapidamente o controle do nosso pensamento, e assim que a nossa mente é dominada pelo corpo de dor, os nossos pensamentos tornam-se negativos. A voz que existe dentro da nossa cabeça começa a contar histórias de tristeza, ansiedade ou ira sobre nós e sobre a nossa vida, sobre as outras pessoas, sobre o passado, o futuro ou acontecimentos imaginários. A voz tem um tom acusador, de censura, lamento e fantasia. E nós identificamo-nos completamente com tudo o que a voz diz, acreditamos em todos os seus pensamentos distorcidos. Nesta fase, a dependência da infelicidade, já se instalou.
(...) Chega a uma altura que, após algumas horas ou até alguns dias, em que o corpo de dor está totalmente reabastecido e regressa ao seu estado latente, deixando atrás de si um organismo esgotado e um corpo muito mais susceptível à doença.
Como te libertas do corpo de dor?
O inicio da libertação do corpo de dor começa em primeiro lugar, por nos apercebermos que temos um corpo de dor. Depois, e igualmente de suma importância, surge a nossa capacidade de permanecermos suficientemente presentes e alerta para nos darmos conta do corpo de dor existente em nós mesmos, que assume um pesado fluxo de emoções negativas quando está activo. Ao ser reconhecido, o corpo de dor já não pode fazer-se passar por nós, nem pode permanecer vivo e continuar a fortalecer-se através de nós.
É a nossa Presença consciente que quebra a nossa identificação com o corpo de dor. Quando não nos identificamos com o nosso corpo de dor, este deixa de conseguir controlar o pensamento e por isso, não se consegue fortalecer alimentando-se dos nossos pensamentos. (...) O nosso pensamento deixa de ser ensombrado pelas emoções; as nossas percepções do presente deixam de ser distorcidas pelo passado. A energia que estava presa ao corpo muda então a sua freqüência vibratória e é transmutada em Presença. Desta forma, o corpo de dor transforma-se em alimento para a consciência.
Pode ser um choque aperceber-se pela primeira vez de que existe algo dentro de si que procura periodicamente a negatividade emocional, que busca a infelicidade. É preciso termos mais consciência para reconhecermos em nós mesmos do que nos outros. Assim que a infelicidade nos domina, nós não queremos que ela acabe, como também queremos que os outros se sintam tão infelizes como nós, para nos alimentarmos das suas reações emocionais negativas.
Na maior parte das pessoas, o corpo de dor pode encontrar-se num estado latente ou ativo. Quando está latente, é fácil esquecermo-nos de que carregamos dentro de nós uma pesada nuvem escura ou um vulcão adormecido, dependendo do campo energético do nosso corpo de dor específico. O tempo durante o qual permanece latente varia de pessoa para pessoa: o mais comum é durar apenas algumas semanas, mas pode ser apenas alguns dias ou até vários meses. Em alguns casos raros, o corpo de dor pode permanecer num estado de hibernação durante anos até ser desencadeado por algum acontecimento.
(...) Se vivermos sozinhos ou estivermos a maior parte do tempo sozinhos, o corpo de dor alimenta-se dos nossos pensamentos. De repente, os nossos pensamentos tornam-se profundamente negativos. É provável que não tenhamos consciência de que, mesmo antes de se verificar o afluxo de pensamentos negativos, existe uma onda de emoção que invade a nossa mente - na forma de um humor sombrio e pesado, de ansiedade ou de uma ira inflamada. Todos os pensamentos são energia e o corpo de dor alimenta-se da energia dos nossos pensamentos. Mas não de quaisquer pensamentos. Não é necessário termos uma sensibilidade particularmente apurada para percebermos que um pensamento positivo apresenta uma vibração totalmente diferente da vibração de um pensamento negativo. É a mesma energia mas vibra numa freqüência diferente. Um pensamento positivo e feliz não é digerível pelo corpo de dor. Ele só se pode alimentar de pensamentos negativos, pois só estes são compatíveis com o seu próprio campo energético.
(...) A emoção do corpo de dor assume rapidamente o controle do nosso pensamento, e assim que a nossa mente é dominada pelo corpo de dor, os nossos pensamentos tornam-se negativos. A voz que existe dentro da nossa cabeça começa a contar histórias de tristeza, ansiedade ou ira sobre nós e sobre a nossa vida, sobre as outras pessoas, sobre o passado, o futuro ou acontecimentos imaginários. A voz tem um tom acusador, de censura, lamento e fantasia. E nós identificamo-nos completamente com tudo o que a voz diz, acreditamos em todos os seus pensamentos distorcidos. Nesta fase, a dependência da infelicidade, já se instalou.
(...) Chega a uma altura que, após algumas horas ou até alguns dias, em que o corpo de dor está totalmente reabastecido e regressa ao seu estado latente, deixando atrás de si um organismo esgotado e um corpo muito mais susceptível à doença.
Como te libertas do corpo de dor?
O inicio da libertação do corpo de dor começa em primeiro lugar, por nos apercebermos que temos um corpo de dor. Depois, e igualmente de suma importância, surge a nossa capacidade de permanecermos suficientemente presentes e alerta para nos darmos conta do corpo de dor existente em nós mesmos, que assume um pesado fluxo de emoções negativas quando está activo. Ao ser reconhecido, o corpo de dor já não pode fazer-se passar por nós, nem pode permanecer vivo e continuar a fortalecer-se através de nós.
É a nossa Presença consciente que quebra a nossa identificação com o corpo de dor. Quando não nos identificamos com o nosso corpo de dor, este deixa de conseguir controlar o pensamento e por isso, não se consegue fortalecer alimentando-se dos nossos pensamentos. (...) O nosso pensamento deixa de ser ensombrado pelas emoções; as nossas percepções do presente deixam de ser distorcidas pelo passado. A energia que estava presa ao corpo muda então a sua freqüência vibratória e é transmutada em Presença. Desta forma, o corpo de dor transforma-se em alimento para a consciência.
Ekhar Tolle
Um Novo Mundo
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