terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sobre a verdade

"SOBRE A VERDADE

A EXPERIÊNCIA HUMANA

A maioria de nós tem a impressão de ser um indivíduo separado que precisa lidar com um mundo externo – que parece ser uma experiência de incansável movimento. Como o foco de nossa atenção costuma vir de dentro para fora, cria-se o sentimento do “Eu”, de uma entidade pessoal que está no mundo. Esse movimento energético de dentro para fora causa uma sutil, embora familiar sensação de medo, estresse e esforço, acompanhada da idéia de querer superar o círculo vicioso de uma EXPERIÊNCIA HUMANA limitada. Este sentido do “eu” que conduz a “minha” vida e que se torna o resumo de todas as “minhas” experiências, raramente é questionado.

O RECONHECIMENTO DA VERDADE

O reconhecimento daquilo que realmente somos – VERDADE – é o resultado da leve mudança de foco de atenção do conteúdo da experiência para Aquele que está consciente de toda a experiência a todo o momento. Esta mudança de foco leva ao reconhecimento de que nunca houve um “eu separado” que age ou leva uma vida pessoal. É a Vida que experiencia a si mesma através de nós. Este sutil e natural retorno da atenção à sua própria fonte, que é a consciência per se, convida tudo que é externo e interno a ficar em total quietude, sem a sensação de ser quem vivencia a experiência. Não há ninguém que reconhece a verdade, mas, sim, a Verdade que reconhece a si mesma como sendo aquela que está sempre presente, constantemente nova e viva. É o Amor que ama.

VIVER COMO AMOR

VIVER COMO AMOR é permitir que a vida entre plenamente em nós, ao invés de ‘seguirmos’ a vida. Ser amor é a disponibilidade incondicional para deixar a experiência de cada momento delicadamente beijar e tocar a totalidade de nosso ser. Quando nos permitimos repousar, a vida pode penetrar no sistema de modo pleno. É-lhe permitido assumir o comando e possuir-nos completamente com sua incompreensível inteligência e compaixão. Assim, tudo o que quer ser encontrado e que vem perturbando a humanidade por milhares de anos pode voltar para casa. De sua essência mais profunda, o amor pode tocar livremente sua suave melodia através de nós, como um músico alegremente tocaria uma canção na flauta. Então, a vida não mais nos pertence, mas pertencemos à vida; o amor deixa de ser para nós, para sermos amor. Assim a vida se torna um único abraço da existência, completamente consciente de sua própria vivacidade, e tudo é dado, mas nada é para nós."

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