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sábado, 30 de maio de 2009
Resposta à carta do Luciano Pires (2)
Mas eu estenderia a discussão, apenas usando a Dilma como ponto de partida, para todas as mulheres que no mercado de trabalho querem passar a imagem de duronas, de poderosas, de infalíveis, etc, etc, etc (3 etc mesmo).
A meu ver isso aconteceu por caírem na esparrela da "libertação feminina" dos anos 60.
As mulheres não ficaram "livres" a partir de então. As mulheres vinham conquistando espaço como pessoas (que são) lentamente, em uma virada de atitude da sociedade a partir da segunda guerra. "Conquistaram" postos de trabalho típicamente masculinos no tal do esforço guerra. Daí pra frente o movimento só fez crescer, até queimarem sutiãs em praça pública (minha esposa diz que fizeram isso pra poder comprar modelos novos). Desde então elas sabiam e provaram que eram capazes de trabalharem e de chefiarem, mas aí, o que aconteceu?
Ao invés das mulheres liderarem usando sua feminilidade, não, optaram por chefiar usando o modelo masculino. Colocaram calças, terninhos e se comportavam como homens. Estou sendo machista, mas não por usarem calças, mas por se comportarem da maneira errada que a maioria dos homens se comporta.
Qual foi a atitude de Tancredo quando esteve doente? Preciso repetir? Acho que não.
Steve Jobs (da Apple) está licenciado porque está tratando um cancer. Está errado?
Tancredo foi "macho", Steve está sendo "feminino".
Tancredo errou. Steve está certo.
O que é mais importante agora, os compromissos ou a saúde?
As pessoas tem a necessidade de passar a imagem de que são fortes, de que nada as atinge. Falam dos erros sempre no passado. "Só há prícipes por aqui?" perguntaria Fernando Pessoa no Poema em Linha Reta.
Parece que todos são perfeitos e só eu sou o imperfeito? Todos são fantásticos em tudo o que fazem e só eu sou "razoável"? Sempre todos tiveram forças para superar os obstáculos mais difíceies e só eu quase desisti?
Lamento dizer mas agora são eles (ou vocês?) que estão errados.
No momento da doença é hora de parar e refletir.
Dilma quer ser candidata a presidente. Tudo bem. Ambição é como água benta (diria minha avó) "cada um toma quanto aguenta", mas posar de forte, de imbatível, de super... tem algo errado aí. Se até então ela até tinha minha simpatia, agora só posso lamentar que ela esteja se sujeitando ao seu total abandono. As pessoas não sabem mais o que é refletir. Acham que é o que acontece quando ficam em frente a um espelho, esquecendo que é bem parecido com meditar.
Dilma deveria refletir sobre sua atual situação e não dar ouvidos ao amigo barbudo que pouco pensa antes de falar e que duvido, reflita sobre seus atos da maneira como se deve.
O mundo está muito sem noção e as mulheres, que sempre moldaram o mundo com suas posições - fossem quais fossem - influenciando as novas gerações que tinham o privilégio de serem educadas por elas, agora abandonam tudo por um momento fugaz. Cinco anos de mandato acabam logo. A vida como foi vivida fica para sempre.
Forte abraço
Esse texto é em homenagem às grandes mulheres que inflenciaram muitas gerações e já não estão entre nós: Ophelia Puccio, Myrian Saba e Ana Violeta Durão. Minha bisavó e minhas avós, respectivamente.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Luciano Pires - O Compromisso
O COMPROMISSO
Quando eu era criança meu pai sempre me incomodava com um maroto dilema ético. Ele perguntava se eu preferia ser um herói morto ou um
covarde vivo. E eu, voluntarioso, respondia:
- Herói morto!
Lembrei dessa história quando vi a foto de Dilma Roussef segurando a peruca que o vento estava levando, lá na base aérea de Brasília.
Peruca? É. A candidata tem um câncer e está fazendo quimioterapia, que derruba os cabelos. Raspou a cabeça e agora anda de peruca. Uns
fingem que não vêem, outros vêem e ficam constrangidos e alguns fotografam. Uns publicam e não dizem nada. Outros publicam e dizem de forma
oblíqua. E há também os que publicam e dizem.
Se quem diz é do partido dela ou da base de apoio, tudo bem. Mas se quem diz é da oposição...
E eu não sei o que dizer. Estou perplexo.
A mulher está com câncer, pô! Cân-cer! Sabe o que é isso? Câncer é uma doença terrível. É uma neoplasia, o crescimento anormal e sem
controle das células.
Mesmo com todo avanço da medicina, o câncer ainda mata. E muito. E quem está em tratamento tem que ficar em resguardo, descansando. E se
está fazendo quimioterapia, então, é resguardo duplo. Triplo. A quimioterapia derruba as defesas naturais e qualquer resfriadinho pode virar
uma pneumonia mortal. Câncer mata.
A vida toda ouvi a palavra "câncer" com um misto de mistério e medo. Afinal, uma afirmação como "fulano está com câncer" nunca foi uma
constatação. Sempre foi uma condenação. O peso dessa palavra é imenso, só atenuado quando lembramos que em outros países lusófonos o nome é
"cancro". Mas deixando as questões semânticas pra lá, câncer ou cancro matam!
Então o que é que essa mulher está fazendo no evento, na inauguração, na reunião? Que força a leva a abandonar o resguardo? Será uma
grandeza de alma? Vocação para o sacrifício? Sede de poder? Talvez insistência dos colegas de partido e dos marqueteiros? Ou uma doentia
necessidade de cumprir compromissos? Quem sabe a perspectiva de vencer mais uma batalha? Vencendo, a guerreira fica ainda mais forte?
A ministra assumiu um compromisso com o partido, com o presidente e com o Brasil. Um compromisso importante, de trabalhar para garantir a
sucessão de Lula e a continuidade do projeto político do PT. É um compromisso sério, a ponto de levá-la a mudar de comportamento, modo de
vestir e até de rosto. Mas tem que haver um limite.
Então faço aqui um apelo. Presidente, por favor, manda a Dilma pra casa. Manda que ela fique lá, quietinha, nanando, tomando um chazinho e
vencendo a doença. Todo mundo vai entender e apoiar sua atitude. Presidente, se o senhor não mandar a ministra pra casa e a coisa se
complicar a culpa será sua! Sei que a ministra é durona, mas se ela teimar peça para alguém da família - a filha, quem sabe? - chamá-la e
repetir a frase inesquecível de Roberto Jefferson:
- Sai daí Dilma. Sai daí logo, antes que você faça réu um homem inocente, o presidente Lula!
E agora é pra Ministra: Dona Dilma, faça uma reflexão. Seu compromisso é importante, mas não justifica que sua saúde seja usada como mais um
componente da equação política. Nenhum compromisso é mais urgente que tratar aquilo que pode matar a senhora. Recolher-se neste momento não
é covardia. É um ato de amor próprio do qual a senhora sairá como covarde viva apenas para quem a está usando.
Para os outros, será uma heroína viva..
Primeiro a vida, ministra. Depois a política.
Luciano Pires
www.lucianopires.com.br
domingo, 24 de maio de 2009
Zé Rodrix (RIP)
Não conheci o Zé Rodrix, mas estive com ele algumas vezes. Nada me credencia pra falar sobre ele como pessoa. Também não sei falar sobre o artista, porque como falei pra ele, está tudo muito mais no subconsciente do que no próprio consciente.
Uma semana antes dele passar pro outro lado, trocamos emails. Não sabia que seriam os últimos e nossa expectativas era de que seriam como uma volta. E foram. Voltamos ao começo. Ele e eu, de maneiras completamente diferentes e nada como os planos que traçávamos.
Não vou filosofar nem enveredar por caminhos que o meu amigo Lázaro navega tão bem. Posso falar apenas daquilo que sinto no coração. Estive com o Zé e com um grande amigo dele (agora estão juntos) o Tico Terpins em uma ida minha a SP. Foi um encontro intenso e nada tenso. Eles eram figuras muito fortes. Isso me marcou. Gostava daquelas "bobagens" que ele cantava com cara de inconsequente, fazendo tipo no programa do Chacrinha. Entendia as entrelinhas, mas não conhecia o Zé.
Nunca sentei com ele numa mesa de bar pra falar sobre qualquer coisa, menos música e ocultismo, ou sentei na sala dele pra falar sobre os musicismos e música. Não conheci o Zé, mas sentei no estúdio dele (com o Tico) pra conversar sobre música e aprendi algumas coisas. Não conheci o Zé, mas as coisas que aprendi ali, foram usadas e transformadas, como todo bom aluno deve fazer, e utilizadas como base de coisas que me acompanham até hoje.
Não conheci o Zé, mas trocava emails regularmente com ele, a ponto dele ter uma pasta especial no meu servidor de email, como faço com os amigos que conheço. Falávamos sobre coisas que não faziam o menor sentido, ou não. Parecia papo de buteco, como falei no derradeiro email, que não sabia ser o último.
Não conhecia o Zé, mas conhecia parte de seu som, parte de sua música e parte do que ele me deixava ver. Mesmo juntando as partes e achando algo maior que o todo... eu não conhecia o Zé.
Fico feliz que ele tenha ido como foi. Não era como pensavam que ele iria. Saiu com calma, do meio da família, num dia comum como uma pessoa comum.
Com certeza eu não o conhecia, mas terei saudades desse putinildo.
Mais informações no site do Globo: