Sempre que encontro um estudante, noto que a expectativa dele é de aprender alguma coisa comigo.Eu sou o professor, sou o cara experiente, sou o bãbãbã, pós graduado, pós mestrado, pós doutorado, etc. Legal, bacana ser reconhecido, mas esse mesmo estudante (na sua maioria jovem) não percebe que a expectativa é recíproca, o quanto eu espero aprender com ele.
Cada pergunta "idiota" dele é um descortinar de novas opções pra mim.Quando ele (tem coragem e) pergunta: "Por que?" eu me vejo tendo que buscar lá atrás, em algum lugar escondido da minha cabeça, por coisas que nem lembrava que estavam ali, mas no final, me renovo. Saio do encontro com algumas dúvidas. E nada melhor do que ter dúvidas pra evoluir, pra crescer. Não é o fato de já ter passado por tanta coisa nessa vida, que fará com que me torne insensível ao começo dos outros.
Alguém por aí falou dos que buzinam atrás de carro de auto-escola, esquecenodo que um dia passaram por isso. Os apressados, que nunca aprenderam e não aprenderão, são os que buzinam, os que se irritam. Aqueles que aprendem e aprenderam e continuarão aprendendo, são os que ao verem um carro de auto-escola, se afastam, já antecipando (por experiência própria) o que aquele motorista poderá fazer.
Quem já deu aula de qualquer coisa, sabe que existem estudantes diferentes. Tem os interessados e os não interessados. No primeiro grupo tem os sinceros e os exibidos. Tem exibido que gosta de aparecer com a ignorância e sincero que é ignorante. Vejam bem, quem ignora, não sabe pq não conhece. Portanto se alguém pede alguma coisa pra estudar, vamos negar? Se o ignorante está no esforço de captar conhecimento pra transformar sua ignorância em conhecimento vamos negar?
Nunca se pode parar de aprender.
Nunca se pode achar que se é o máximo.